12/13/2009

Emerging Markets, Emerging Models

Este relatório do Monitor Group apresenta as mais bem sucedidas soluções de negócios para os desafios relacionados à pobreza no mundo. O estudo investigou 270 modelos de negócios focados na base da pirâmide e concluiu que apenas 7 são capazes de servir ou incorporar a população da base da pirâmide de modo lucrativo e com escala. Cada um destes modelos apresenta maior aderência a determinadas indústrias e/ou atividades.
Os 7 business models são:
1. pay-per-use;
2. no-frills service (remoção de complementos não-essenciais em um produto ou serviço);
3. paraskilling (uso de "paraprofissionais" treinados);
4. Shared Channels (compartilhamento de canais de distribuição existentes);
5. Contract Production ("outsourcing" entre empresas e fornecedores de baixa renda);
6. Deep Procurement (compra direta de fonecedores pobres, bypassing intermediários);
7. Demand-led training


12/10/2009

Negócios Sociais: a criação e avaliação do Blended Value

Em nosso trabalho, já demonstramos que os atores principais do Setor Dois e Meio são os Negócios Sociais. Essas organizações buscam a criação de valor social e financeiro. Daí, surge a expressão blended value desenvolvida por Emerson (1999) para designar o conjunto de valor criado pelos negócios sociais. Para continuar a ler, clique aqui.

11/29/2009

Relatório sobre Empreendedorismo Social

Pessoal, resolvi postar um relatório das "antigas" (2008).
Um dos melhores estudos sobre empreendedorismo social. Publicado pelo Center for Advancement of Social Entrepreneurship (CASE) da Duke University. Vale lembrar que quem coordena o CASE é o Gregory Dees - talvez o mais renomado professor e pesquisador no ramo. Para ler, clique aqui.

Relatório sobre mercado BOP de energia!

Vale a pena ler o relatório preparado pela Hystra e Ashoka. Além de analisar projetos de energia voltados às populações mais pobres, e que são economicamente viáveis e apresentam potencial de escala, o estudo apresenta soluções para fornecer energia para 1.6 bilhão pessoas que ainda não dispõem de eletricidade. Além disso, o relatório apresenta alternativas para as 3 bilhões de pessoas que ainda cozinham com biomassa. Para ler, clique aqui.

11/23/2009

Depoimentos sobre Empreendedorismo Social

Para complementar o post abaixo, trago este vídeo, elaborado pela Skoll Foundation, que dá um panorama da evolução do empreendedorismo social nos últimos 25 anos, e inclui trechos de entrevistas com Muhammad Yunus, Sally Osberg, Bill Drayton, Jacqueline Novrogratz e John Elkington.

11/21/2009

Empreendedorismo Social: sua relação com o Setor 2,5.

Recentemente, o empreendedorismo social “explodiu” no mundo inteiro, tornando-se um fenômeno global. Representado por empreendedores sociais, inovadores, pragmáticos, visionários e suas redes, o empreendedorismo social utiliza diversos modelos de negócios, organizações de caridade, movimentos sociais para criar soluções a problemas da sociedade e entregar um novo valor social.... Para ler artigo, clique aqui.

Por Fernando Mistura
fernando@doisemeio.com

11/12/2009

Contexto de desenvolvimento do Setor 2,5. Clique aqui!

Motivado pelo sonho de erradicar toda a cegueira desnecessária na Índia, o sistema oftalmológico Aravind lançou uma série de inovações para proporcionar um tratamento da visão de primeira qualidade às pessoas mais pobres nas zonas rurais e urbanas... o Aravind criou a principal instituição de tratamento da visão, é o maior sistema oftalmológico do mundo. Também é o mais produtivo e ostenta índices de resultados de primeira qualidade.” (PRAHALAD; HART, 2005, p. 265, tradução nossa).

Este é um dos inúmeros casos que têm surgido no mundo e nos quais a estratégia de negócio está diretamente ligada a um resultado de transformação social, reunindo as características de um negócio com a intenção de interferir diretamente na vida de populações fragilizadas. Esse movimento que vem ao longo destes últimos anos emergindo em diversos países recebe o nome de Setor Dois e Meio, pois é resultado da fusão entre o Segundo e Terceiro Setor. Deste hibridismo surgiram diversos negócios sociais que apresentam soluções sustentáveis que contribuem para reverter quadros de pobreza. Para continuar a ler, clique aqui.

Image source: http://english.cw.com.tw/article.do?action=show&id=11285.


11/02/2009

Shokti Doi

Para quem ainda não tinha visto ou ouvido falar no Shokti Doi - o iogurte comercializado pela Grameen Danone Foods no Bangladesh. Apesar da propaganda ser em Bengali, dá para se ter uma idéia do que é o produto.

Com intuito de acabar com a malnutrição da população infantil no Bangladesh - aproximadamente uma criança em duas sofre de carência de nutrientes - a Grameen Danone Foods criou este iogurte enriquecido com micronutrientes que cobrem 30% das necessidades diárias específicas desta população.




Fernando Mistura
fernando@doisemeio.com

10/13/2009

Kickstart: negócio social voltado ao desenvolvimento econômico

Neste post, quero compartilhar com vocês uma das empresas (negócio social) que, muito provavelmente, fará parte de nosso documentário. A Kickstart é um negócio social que aprimorou seu modelo de negócio, e ainda o faz, de modo a potencializar seu impacto social. Basicamente, ao identificar, desenvolver e comercializar tecnologias com uma relação custo-benefício elevada, a Kickstart permite às populações desfavorecidas desempenhar um papel ativo na economia de mercado e aumentar substancialmente os seus rendimentos. Os resultados são impressionantes:

- 88,7 milhões de dólares por ano em lucros e salários em toda a cadeia de valor (equivalentes a 0,6% do PIB do Quênia e 0,25% do PIB da Tanzânia);
- Mais de 88.600 novas pequenas empresas criadas desde 1992
- 439.000 pessoas auxiliadas a sair da pobreza

Vejam o vídeo (em inglês) para conhecer mais sobre o trabalho da Kickstart.

Fernando Mistura
fernando@doisemeio.com

10/11/2009

Theory of change: como empreendedores sociais atacam os desafios?

Neste post, explicarei, sucintamente, uma "ferramenta" que tem se tornado cada vez mais comum no meio dos empreendedores sociais, especialmente os de negócios sociais - a chamada theory of change. Theory of change ou "teoria de mudança" é, na realidade, uma ferramenta que ajuda a desenvolver soluções para problemas sociais complexos. Basicamente, consiste em explicar como uma série de atividades/resultados intermediários condicionam a produção de resultados duradouros e eficazes, permitindo ao empreendedor de negócio social refletir sobre sua estratégia e responder algumas das principais questões relacionadas ao seu negócio: a) como criar mudança social e impacto sustentáveis?; b) quem deve ser considerado/envolvido (quais stakeholders) e como envolvê-los?; c) quais são os principais desafios a transpor?.

O uso da "teoria da mudança" não apenas auxilia o empreendedor a entender melhor seu modelo de negócio, como permite uma comunicação clara e direta de sua estratégia e missão aos seus stakeholders. Segue, então, um passo a passo para construção de uma theory of change [1]:

1. Identificar um objetivo, claro e mensurável, de longo prazo;
2. Realizar um "mapeamento reverso" de sua estratégia, de modo a identificar as condições necessárias para atingir tal objetivo;
3. Identificar as intervenções que a organização deve desempenhar para criar o ambiente (condições) necessário e alcançar os objetivos;
4. Desenvolver indicadores para cada atividade a ser realizada, de modo a mensurar a performance das intervenções;
5. Construir uma narrativa que sintetize as escolhas e conseqüências (cadeia de produção de impacto e transformação/business model) em sua teoria de mudança.

[1] Adaptado de www.theoryofchange.org

Fernando Mistura
fernando@doisemeio.com

10/04/2009

Perfil dos Empreendedores Sociais no Reino Unido.

Cara Geração 2,5,
Estive esta semana na London School of Economics (LSE) em Londres para fazer um curso de Social Entrepreneurship e me deparei com alguns dados interessantes desta população (a geração 2,5) atrelada a negócios sociais*. Uma pesquisa realizada com 27.296 pessoas aqui no Reino Unido (GEM, HARDING, 2006) chegou às seguintes conclusões sobre quem são os empreendedores sociais aqui na Inglaterra:

1. Eles representam 3,2% da população economicamente ativa;
2. As mulheres, proporcionalmente, são mais propensas ao empreendedorismo social do que ao comercial;
3. Os jovens entre 18 e 24 anos são mais propensos a serem empreendedores sociais do que qualquer outro grupo de idade;
4. Pessoas estudando em tempo integral têm maior probabilidade de se tornarem empreendedores sociais;
5. Pessoas com trabalho em tempo parcial têm maior probabilidade de fundar ou gerir empresas sociais;

*OBS: Na Inglaterra, o termo social enterprises, que pode ser traduzido como "negócio social" é utilizado de modo mais abrangente do que no Brasil, incluindo as empresas de comércio justo (comércio solidário/fair-trade) e empresas de inserção.

Fernando Mistura
fernando@doisemeio.com

9/29/2009

Dois e Meio em eventos nesta semana!

A equipe da Dois e Meio estará presente em dois eventos nesta semana: o IV Empreender Social na USP Ribeirão Preto e no II Empreendedorismo e Sustentabilidade FEA USP.

As palestras tratarão do tema de Negócios Sociais, bem como do Projeto Setor 2,5.

Mais informações nos links:
IV Empreender Social

II Empreendedorismo e Sustentabilidade FEA USP


Esperamos vocês!

8/08/2009

Folder do Projeto Setor 2,5: clique aqui!

Conheça mais sobre o Projeto Setor 2,5. Saiba como se tornar parceiro! Clique no LINK ACIMA!

8/03/2009

Aravind Eye Hospital

Neste blog, já escrevemos sobre um dos principais Social Business do mundo: o Aravind Eye Hospital. (vide post)
Agora trago a vocês um vídeo (que não foi produzido pelo Projeto Setor 2,5) que explica um pouco o que é o Aravind. Espero que gostem!
Nós tivemos a oportunidade de visitar e filmar suas operações em Janeiro 2007.
Foi incrível! Mas este material somente estará disponível quando do lançamento do documentário.

Fernando Mistura
fernando@doisemeio.com

7/21/2009

Neste vídeo, Jaqueline Novogratz discute seu novo livro The Blue Sweater e a abordagem de investimento em negócios sociais do Acumen Fund


Jacqueline Novogratz é CEO do Acumen Fund, uma empresa de capital de risco sem fins lucrativos (venture philanthropy) que ela fundou em 2001 para investir em empresas sustentáveis que oferecessem serviços de saúde, água potável, energia alternativa, e habitação para a população de baixa renda em países em desenvolvimento.

6/30/2009

O que é um Negócio Social para você?


A Eletrocooperativa e a Artemisia estão querendo saber: para você, o que é um Negócio Social?

Acesse www.eletrocooperativa.org.br e se inscreva!

O Mercado da Base da Pirâmide - WORLD RESOURCES INSTITUTE, 2007

Um estudo do WRI, em 2005, estimou o potencial de mercado dos segmentos mais críticos à população da base da pirâmide dentro de um contexto mundial. Pelas estimativas do WRI (2005) , o mercado BOP mundial de saúde representa $ 158,4 bilhões de dólares, sendo a América Latina responsável por $ 24 bilhões de dólares, e o Brasil, por $ 11,9 bilhões. No mercado de informação e comunicação, estima-se que a América Latina seja responsável por $ 13,4 bilhões de dólares, o Brasil por $ 5,5 bilhões, de um mercado mundial de $ 51,4 bilhões de dólares. O mercado mundial de água é estimado em $ 20,1 bilhões de dólares, $ 4,8 bilhões para a América Latina e $ 1,6 bilhões de dólares.


Em transportes os números estimados são: $ 179,3 bilhões de dólares para o mercado mundial, $ 45,9 bilhões de dólares para o mercado latino-americano e $ 19,5 bilhões de dólares para o Brasil. O mercado de habitação apresenta as seguintes estimativas: mercado mundial - $ 331,8 bilhões de dólares; latino-americano, $ 56,7 bilhões; Brasil, $ 9,5 bilhões de dólares. O mercado de energia é ainda maior, estimado em $ 433,4 bilhões de dólares. Na América latina, esse mercado é de $ 30,5 bilhões de dólares e, no Brasil, de $ 12,1 bilhões de dólares. Com relação à alimentação, estima-se um mercado mundial em torno de $ 2,8 trilhões, sendo $ 199 bilhões o mercado latino-americano e $ 55,3 bilhões o brasileiro.

3/18/2009

Yunus lança novo social business: BASF Grameen Ltd.

No útlimo dia 5, Yunus anunciou mais uma Social Business Venture com uma empresa multinacional, desta vez, com a BASF, a maior empresa química do mundo. A joint-venture BASF Grameen Ltd. tem o objetivo de melhorar a saúde e oportunidades de negócios das populações desfavorecidas do Bangladesh.

A BASF Grameen Ltd. comercializará dois produtos do portfólio da BASF: complemento alimentar contendo vitaminas e micronutrientes vendido em sachets e redes mosqueteiras que oferecem proteção contra doenças transmitidas por insetos. Sob o conceito de social business do Yunus, a BASF Grameen deverá cobrir seus custos e possibilitar a recuperação do capital inicial investido. Em suas palavras: "BASF Grameen Ltd. is not a charity. It combines business sense with social needs".

As operações serão coordenadas pela sede da BASF em Dhaka, capital do Bangladesh. Juntamente com o investimento de EUR 200.000,00, a BASF se compromete a garantir fundos para a produção de 1 milhão de sachets de complemento alimentar, assim como para a produção de 100 mil mosqueteiros. Já o Grameen contribui com seu conhecimento do mercado, estruturas e redes de distribuição em Bangladesh.

Na fase inicial, os produtos serão vendidos a grande publicos consumidores, como escolas e farmácias, passando, em uma segunda fase, a serem vendidos diretamente aos consumidores finais por meio da rede de empreendedoras do Grameen.

A BASF Grameen Ltd. contribui para responder à crítica situação social do Bangladesh: 2.9 milhões de casos de malária em 2006 e 72% da população sujeita à doença, segundo o WHO World Malaria Report 2008, além de uma das mais altas taxas de desnutrição infantil e materna, com aproximadamente 8 milhões de crianças menores de 5 anos subnutridas, deacordo com o relatório State of the World’s Children 2008 da UNICEF.

Fernando Mistura
fernando@doisemeio.com

O que é um Negócio Social?

Organização cuja missão é explícitamente de transformação social e que para isso adota estratégias de negócios geradoras de renda como principal veículo para atingir seu propósito social, impactando diretamente a vida de populações fragilizadas. Pode assumir um modelo com ou sem finalidade lucrativa, mas sua autonomia financeira é dada pela atividade-fim da empresa. Os principais campos de atuação são: alimentação, serviços financeiros, acesso à energia e água potável, desenvolvimento econônomico, saúde, etc.