5/02/2010

Nutriset Case

Recentemente conheci a empresa Nutriset. Por mais de 20 anos, a Nutriset desenvolve e produz soluções nutricionais de tratamento e prevenção de mal-nutrição adaptadas às necessidades das populações mais vulneráveis de países em desenvolvimento. A empresa desde sua criação incorpora em sua estratégia o valor "acessibilidade" às populações mais necessitadas.

Para tanto, a Nutriset trabalha essencialmente com Agências Multilaterais e ONGs Internacionais que trabalham diretamente em regiões instáveis, seja por desastres naturais ou instabilidade política. Assim sendo, seu principal produto o Plumpy'Nut é primordialmente distribuído no continente Africano e algumas regiões da Ásia. Além disso, a empresa investe consideravelmente (6% do faturamento) em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) de modo a transformar recomendações dos pesquisadores em produtos acessíveis.

Com o intuito de aumentar o impacto de seu negócio, desde 2005 a Nutriset desenvolve uma rede de produtores locais - chamada de Plumpyfield - com o intuito de compartilhar sua tecnologia com os parceiros em países em desenvolvimento. A iniciativa busca contribuir para a redução de mal-nutrição infantil que afeta aproximadamente 150 milhões de crianças ao redor do mundo. Nesse sistema, a nutriset não cobra royalties, mas sim uma remuneração relacionada ao uso de ingredientes de alto impacto nutricional.

Para saber mais, entre no site: www.nutriset.fr

Veja também um vídeo sobre o Plumpy'nut produzido pela CBS: http://www.cbsnews.com/video/watch/?id=4201082n&tag=related;photovideo



4/25/2010

Novo livro do Prof. Yunus: "Building Social Business: The New Kind of Capitalism that Serves Humanity's Most Pressing Needs""

Este é o terceiro livro do professor Yunus, na sequência de "Banqueiro dos Pobres" e "Criando um Mundo Sem Pobreza". O livro é inteiramente dedicado ao conceito de negócio social, sua aplicação e sua manutenção. Segundo Yunus, um negócio social é um modelo de negócios inovador que promove a idéia de fazer negócios com a finalidade de resolver um problema social e não apenas maximizar o lucro. Como o título sugere, este complemento - Negócio Social - ao capitalismo tradicional realmente pode atender às necessidades mais prementes da humanidade, especialmente a pobreza. Cada negócio social gera emprego, boas condições de trabalho e, forçosamente, trata de desafios sociais específicos, tais como falta de educação, saúde e boa nutrição.

2/19/2010

Empréstimo solidário: mitigando o risco de seleção adversa nas Instituições de Microfinanças

Neste artigo pretendo explicar as questões microeconômicas por trás de uma das regras basilares do microcrédito: o empréstimo solidário em grupo. O empréstimo solidário em grupo, introduzido pelo Prof. Yunus com o Grameen Bank, é atualmente um dos pilares do sucesso de boa parte das instituições de microfinanças ao redor do mundo. Basicamente, este modelo de empréstimo estabelece que um tomador de microcrédito apenas receberá o empréstimo caso pertença a um grupo de tomadores de microcrédito solidários. Normalmente, um grupo possui de 4 a 6 tomadores. No caso de “default” (não pagamento por parte de um tomador do grupo) os demais tomadores não podem tomar futuros empréstimos. Algumas organizações ainda exigem que os demais tomadores se responsabilizem e cubram o “default”, tornando-se o grupo novamente apto a receber crédito. Para continuar a ler, clique aqui.

Por Fernando Mistura
fernando@doisemeio.com

1/19/2010

Social Return on Investment (SROI): uma ferramenta para avaliação de Negócios Sociais

No mundo dos negócios sociais, SROI é um termo que vem se tornando cotidiano. Mas o que isso quer dizer? O SROI, ou social return on investment nada mais é do que uma método de avaliação de resultado e desempenho de organizações sociais. No entanto, ele difere dos métodos mais tradicionais, uma vez que propõe a monetização dos resultados, permitindo assim a comparação entre projetos de maneira clara. Há ainda controvérsias, mas o método tem se consolidado no Setor 2,5 mundo afora, sendo especialmente adotado por fundos de social venture capital, deventure philanthropy etc. Assim, pretende-se aqui apenas explicar este método e como utilizá-lo. Para continuar a ler, clique aqui.

Por Fernando Mistura
fernando@doisemeio.com

1/15/2010

Investir no Projeto Setor 2,5

O Projeto Setor 2,5, em parceria com a Talk. Filmes, ainda está captando recursos para realizar o cine-documentário que tem como objetivo sensibilizar e inspirar jovens líderes a empreederem Negócios Sociais. Investidores podem apoiar o projeto de duas maneiras:
1. pela Lei do Audiovisual, destinando parte do Imposto de Renda pago
2. pela Lei do PAC, destinando parte do ICMS pago
Assim, disponibilizo dois explicativos sobre o processo de investimento através das duas leis.
Para saber como investir pelo ICMS, clique aqui!
Para saber como investir pelo IR, clique aqui!

1/05/2010

Social Venture Capital: um modelo de alto impacto social

Este modelo é mais difundido sob o termo venture philanthropy, que teria sido cunhado pelo filantropo americano John D. Rockfeller III em 1969. Na realidade, não existe uma única definição para o termo. Diversas definições e termos foram utilizados ao longo do tempo – strategic philanthropy, engaged philanthropy, effective philanthropy e high-engagement philanthropy. Mas aparentemente, o termo venture philanthropy vem se consolidando na maior parte do mundo, especialmente com a criação das associações de países e regiões, a exemplo da European Venture Philanthropy Association. Para continuar a ler, clique aqui.

O que é um Negócio Social?

Organização cuja missão é explícitamente de transformação social e que para isso adota estratégias de negócios geradoras de renda como principal veículo para atingir seu propósito social, impactando diretamente a vida de populações fragilizadas. Pode assumir um modelo com ou sem finalidade lucrativa, mas sua autonomia financeira é dada pela atividade-fim da empresa. Os principais campos de atuação são: alimentação, serviços financeiros, acesso à energia e água potável, desenvolvimento econônomico, saúde, etc.